As raízes históricas desta povoação remontam, pelo menos a meados do séc.XV, altura em que a ilha de São Miguel começava a ser povoada. Pequenos aglomerados de pessoas fixaram-se em diferentes pontos da Ilha, de forma explorarem as muitas riquezas existentes. 

Na verdade, quer se encontrassem junto ao mar, quer se retirassem para o interior, as populações encontraram sempre uma importante fonte de exploração: um mar abundante em espécies piscícolas ou um território fértil e propício ao desenvolvimento de várias culturas. Assim se fixaram nas terras que hoje compões a Vila de Rabo de Peixe. 

Gonçalo Velho Cabral chegou a São Miguel, em Maio de 1444, voltando em 1445, embora a ilha já tivesse sido visitada por navegadores no século XIV. 

De inicio, São Miguel era despovoado, apontando-se como primeiros moradores, segundo algumas fontes, Pêro de São Miguel e Aldonça Rodrigues (sua mulher), por volta do ano de 1480. Ambos eram naturais de África e criados do Infante D.Henrique. 

O Lugar de Rabo de Peixe só deverá ter sido habitado, com as primeiras famílias fixadas à terra, por volta do finais da era de Quatrocentos por flamengos e mouros, cujas terras eram cedidas por El-Rei, com o fim de organizarem a vida neste povoado.

Neste caso, os seus habitantes, para além de terem o cultivo e a pastorícia como um importante recurso, tinham no mar o seu principal meio de subsistência. 


Estas riquezas funcionaram como um pólo de atracção, que trouxe novas gentes á Terra, transformando, desta forma, o pequeno aglomerado populacional na Grande Vila que Rabo de Peixe é hoje. 

Não existe consenso no que concerne à justificação do topónimo, visto que, a primeira hipótese se baseia na configuração de uma das suas pontas, que penetra no mar, a outra hipótese, afirma que foi encontrado no mar, um peixe de dimensão invulgar que a população do povoado não conseguiu identificar e, por essa razão, decidiram pendurar o rabo desse peixe num pau. 

Deste modo, quando alguém se deslocava deste lugar para outra zona da ilha, dizia que vinha do “Rabo de Peixe”. É no entanto, mais provável, a versão relativa à configuração natural da actual Vila, cujo formato se assemelhava com um Rabo de Peixe. 

Este Pequeno Povoado, sem nome até então, passou, desta forma, a chamar-se Rabo de Peixe e com o passar do tempo tornou-se numa das maiores freguesias de São Miguel, sendo actualmente Rabo de Peixe considerado uma Vila. 

A Vila de Rabo de Peixe tem sido berço de personalidades que se têm destacado em várias áreas de conhecimento e que têm dado um grande contributo à sociedade. 


Personalidades Históricas

Uma dessas personalidades foi o Padre António José Moniz, que adoptou o nome de Frei António do Presépio, pela ordem dos Franciscanos, nascido em Rabo de Peixe a 24 de Maio de 1868 e um dos mais destacados oradores do País. 

A sua vida sacerdotal foi um edificante exemplo de abnegação e bondade e na tribuna ninguém o excedeu, pois foi incontestavelmente um dos mais ilustres oradores do seu templo em todo o território nacional, tendo-se distinguido como exímio conferencista. 

Como missionário este nas longínquas colónias Portuguesas, onde prestou assinaláveis serviços como sacerdote e cidadão, e onde contraiu a doença que o dominou, tende falecido a 26 de Outubro de 1930. 

A casa onde nasceu, na Rua Nova, vulgo das Padeiras, está assinalada com uma lápide mandada colocar pelo município da Ribeira Grande, em sua homenagem, tendo, também, o largo principal da Vila o nome deste grande orador. 

Outra grande Personalidade foi o Dom Paulo Tavares, Bispo de Macau durante vários anos. Este hábil diplomata desempenhou funções na secretaria de estado verticano, sendo o primeiro Açoriano a exercer um cargo na Santa Fé, tendo sido das figuras, da hierarquia da Igreja, mais próximas do Papa Paulo VI. 
A Vila Homenageou este filho de Rabo de Peixe, dando o seu nome a uma das artérias da freguesia. 

È de referir ainda a figura de Manuel António Vasconcelos, fundador do mais antigo jornal de Portugal, o “Açoriano Oriental”, que passou largos períodos de sua vida em Rabo de Peixe e a escolheu como sua última morada. Este notável deputado nas cortes, pelos círculos dos Açores e de Cabo Verde, fundou ainda o jornal, “O Tempo”, e embora não tenha nascido na Vila de sua mãe, foi baptizado com grande cerimonial em Rabo de Peixe. 
Outro notável filho de Rabo e Peixe com grande projecção intelectual foi Ruy Galvão de Carvalho, galardoado pelo próprio Presidente da Republica, nesta obra, salienta-se a Antologia Poética dos Açores. 

O Dr. Ruy Galvão de Carvalho tem uma rua em rabo de Peixe com o seu nome, assinalar exactamente o local onde nasceu. 


António Tavares Torres foi também uma personalidade de grande relevo na localidade, nascido em rabo de Peixe a 13 de Junho de 1856, dedicou-se, ao longo da sua vida, aos interesses do Concelho da Ribeira Grande e de toda a população da sua da sua freguesia. 

Detentor de uma veia poética de grande sensibilidade, compôs muitos versos sobre a sua terra e as suas gentes, entre os quais se destacava o primeiro hino da Autonomia dos Açores. 

Da sua vida prática salientam-se os cargos de Presidente da Câmara da Ribeira Grande e de procurador á Junta Geral. António Tavares Torres faleceu a 28 de Setembro de 1936. 

Esta Vila foi ainda berço de José Amaral da Luz, aqui nascido a 13 de Julho de 1879. Era um poeta do povo, sendo considerado durante muitos anos o “Rei” das Cavalhadas de São Pedro da Ribeira Seca, pois, no ano de 1987, a Câmara Municipal da Ribeira Grande e a Junta de Freguesia de Rabo de Peixe prestou-lhe homenagem póstuma. 

Outro Rabopeixense Ilustre foi António Raposo de Amaral, que faleceu a 23 de Junho de 1987 na Cidade do Porto. A sua vocação para a escrita levou-o a compor poemas alusivos a vários temas. 

No ano de 1888, nasceu em Rabo de Peixe outra figura merecedora de menção António Tavares Penacho, fundador da tipografia Insular e Gerente da Oficina de Artes Gráficas, onde era impresso o Jornal “A Ilha”. Faleceu a 13 de Novembro de 1960. 

Não podia ainda deixar de ser referido José Vieira, um famoso Cenógrafo nascido a 18 de Julho de 1913 em Rabo de Peixe, e que veio a falecer em Ponta Delgada a 2 de Abril de 1987. 

A sua ligação ao teatro impeliu-o a construir um gigantesco palco desmontável para levar às freguesias de São Miguel as Revistas Lanterna Mágica e Bota abaixo. 

A ele, juntamente com Santos Figueira e Vítor Cruz, ficou também a dever-se a realização dos famosos bailes de Carnaval no Coliseu. 
Outro ilustre filho da Terra foi Francisco Manuel Raposo de Almeida, que nasceu em Rabo de Peixe a 17 de Agosto e 1817. Crê-se que tenha sido ele o editor responsável do “Tribuno do Povo” entre Novembro de 1838 e Março de 1839. 

Em meados do séc. XIX partiu para o Brasil, onde também foi redactor em diversos jornais. Ao longo da sua vida produziu quarenta e uma obras literárias, abrangendo o teatro, o romance e as investigações históricas. 

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